tupinambas urbanos



 

 

    TENUPÁ

    TATÁ

    TUPANÃ

   

    DEIXE ESTAR

    O FOGO

    DE TUPÃ

   

      

 


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DRAMATURGIA DISPONÍVEL

 

 

                         

             Sem disputa

                Conexões em ato único

 

 

Um corpo se destaca

Longo silêncio

Risos de criança

 

-- não vamos falar mais nada?

-- estávamos no aconchego do silêncio

-- um momento reparador

--quando ele vai parar?

--ele somos nós

-- como assim?

-- são os pensamentos dele

-- Quem é ele?

-- ele somos nós

--- Eu também faço parte?

--Sim, mas estamos partidos

-- atrevimentos mentais

-- Isso é uma restauração

-- Então vamos nos nomear

--não podemos

--não sabemos quem somos

--ele é um artista

--essa é a janela da alma

--sou a voz do berço encantado

--como podemos acreditar?

--por isso estamos divididos

--sempre queremos prova

--o que ele sente no corpo é um reflexo nosso

--não poderia ser ao contrário?

--quem nos dividiu?

--talvez ele mesmo

--quem vai nos reunir

--não quero me reunir

 

--você sempre atrapalha

--é o que eu acho

--talvez esse seja o meu papel

--além de nós os desejos são consumados

--escapolem conversas macias

--tudo pode virar música

--as palavras podem fazer algo mais

--sempre estiveram aqui dentro

--elas estão no mundo

--o mundo não fala mais nada

--não existe diálogo

---por isso estamos assim

--assim como?

--conversando conosco

--é um destino sóbrio

--você ia dizer sombrio

--sou otimista

--Eu vejo os passarinhos

--não podemos ver nada

--não existimos de verdade

--somos reveladas na linguagem

--falando assim não pensa em coisas ruins

--hoje o dia não foi bom

--não brinquei com meus filhos

--esse foi ele

--como sabe

--falou na primeira pessoa

--pode ser um disfarce

--ele não faz isso

--precisa estar atento em muitas coisas

--os pensamentos querem outro suporte

--porque não pratica um esporte

--a mente impera verdades

--o tempo não existe quando se pensa

--o que é o tempo?

 

--uma convenção

--é uma boa resposta

--acho que não

--porque sempre uma voz discorda?

--existe a hora da concórdia

--admiro esses momentos

--tem sido raros

--cada dia tem um preço

--desmereço o que esmero

--quem pode rever tudo que foi feito?

--isso não tem jeito

--o pretérito é irrevogável

--olhar pra frente as vezes faz mal

--porque?

--não se quer viver de acordo com os ditames da TV

--Pensamentos colonizados

--introjetados no ser

--queria ser uma comunhão

--não tenho desejos

--quem é você?

--a voz da liberdade

--nós temos idade?

--somos o instantâneo

--um sucedâneo de sons

--apregoados por dentro da mente

--alguém desmente?

--é uma verdade corriqueira

-- e as Asneiras?

--ainda não vieram a tona

--ficam sublimadas quando se escreve

--é isso que ele faz?

-- acho que sim

--agora não

--lógico que sim

 -- ninguém tem mais certezas

--Vamos mudar de conversa

--porque?

--foi ele que pensou

--eu falei sem pensar

--é um ato espontâneo

--está ficando assim

--o que querem de mim?

--um silêncio

--porque não tentamos nos identificar?

--Isso só ele pode fazer

--como podemos ser ele se falamos como se fossemos um Eu

--todos os eu são dele

--tudo é nosso

--todas as partes unidas querem um acordo!

--são muitas?

Os dias estão sem oferta

--perguntei se são muitos

--ela é surda

--ela não era você?

--poderia começar assim qualquer história

--chega de lenga lenga

 

BARULHO DE TRENS PASSANDO.IMAGENS DA MEGALÓPOLE.

 

--os dias estão sem oferta

--vai ficar repetindo

--dias não se compram

 

UMA GARGALHADA

 

--está rindo de quem?

Ninguém está rindo

 --ela escuta coisas

--não era surda?

--faz de conta

--depois consuma outra revoada

--muito tempo acordado

--consciência demais

--vamos ficar alegres?

--eu quero brigar

--com quem?

--as possibilidades reagem

--rangem nas canetas

--tudo é possível

--as circunstâncias

--está errado

--quantos são?

--ele é um só

--enquanto reza

--enquanto brinca com os filhos

--tudo se redime

--vamos pro reverso

--reviver poesias

  

UM CORPO SE DESTACA

 

Amontoa os dias

Irradia

Uma constância

 

Sair da dos estilhaços

Será possível

Trocando o fusível

 

Ao mirante

Domingo retumbante

A sós

 

BARULHO DE TRENS

--foi uma poesia péssima

--anda encabrunhado

--vai mudar de lado

--estou esperando muito tempo

--pra que lado foi o trem?

--Agora não importa o pensamento já passou

--como se passa um pensamento

--na mansidão sem vertigens

--um querer indizível

--fazendo fila dentro da cabeça

-- sendo assim tudo pode ser redimido

--eu divido as falas sendo intrometido

--sempre tem alguém que não quer ajudar

-somos um só

-- quem nos dividiu?

--é só uma aparência

--então porque nos separamos

--foi o custo dos anos

--tormentas mentais doentias

--ele tem a mente sã se não arremessaria palavras

--onde estaremos agora?

--isso me aborrece

--surge um mirante

--o que está vendo?

--um brinquedo fonético

--sabia que não iria longe

--vamos voltar pra casa

--quando?

--na hora do grande acordo

--É esquisito

--O que?

--falar em silêncio

--até o surdo escutaria

--por isso ele se intromete

--só falo o que sei

--outro dia raiando

--presta atenção eu vou falar

--quero ver o dia raiar

--o acordo será no poente

--prefiro a aurora

--não precisa de divisão

--será impossível ficar calado?

--eu estou muda

--por isso é a voz da liberdade

--quem chamou ela aqui?

--ele mesmo

--agora podemos brincar

--não estou perturbando ninguém

--perturbou agora

--não faz mal

--tanto faz

--seria melhor sempre assim

--o sol nascendo por dentro

--o poente vence a escuridão

--quem chamou você aqui?

--ele mesmo

--mas ele somos nós

-- por enquanto até sermos um só

 

 

 

 

 

    

 

 

 

 

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